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Resinas compostas

Como escolher? Como definir quais são as que você quer ter sempre ao lado?

Tenho 20 anos de formada... Ao longo desta estrada, não consigo contabilizar a quantidade de resinas compostas que conheci, utilizei, gostei, não gostei... Algumas seguem comigo, outras nem existem mais no mercado.

Mas, a conversa de hoje é sobre o que tenho na minha gaveta, e como esses materiais chegaram até lá.

Sim, eu tenho as minhas preferidas, e muito provavelmente elas não são semelhantes às suas, indicadas pelo Prof do curso, marcadas nas postagens das mídias sociais. E está tudo bem! Ninguém precisa gostar das mesmas coisas e nem esperar que o material faça o trabalho pela gente. Por que ele não faz...

Mas existem algumas características que certamente estarão presentes nos melhores materiais. Vou listar algumas:

1) Facilidade de manuseio.

Você já trabalhou com alguma resina pegajosa demais? Não adianta instrumental de titânio sem resíduos, substâncias modeladoras, porque, simplesmente não dá para esculpir (sem falar nas possíveis bolhas, defeitos na margem...). Acho que isso é ponto pacífico, concordam?

2) Oferecer translucidez combinada.

Como assim? Vou esclarecer.

Sistemas de resina podem trabalhar com suas cores em graus diferentes de translucidez. Por exemplo, a cor A1 pode ter translucidez de esmalte ou opacidade de dentina em um mesmo sistema. Alguns também oferecem um grau intermediário, chamado de corpo ou body. Além das diversas cores de efeito (altamente translúcidas ou completamente opacas).

Mas se o sistema oferece essas gradações, qual a dificuldade então? Ai que está a questão. Olha lá o título da sessão novamente. Oferecer o combinado.

Dentinas de certas marcas são mais opacas que outras; esmaltes de alguns sistemas são mais translúcidos que outros... E a espessura de cada uma destas camadas vai ter influência direta no resultado final. Apenas usando, errando (sim, e está tudo bem! todo mundo erra, acredite!), ajustando o que não deu certo e, finalmente, acertando é que a gente consegue estabelecer como cada material vai funcionar no nosso dia a dia.

Quer trabalhar com resinas compostas, mas não sabe em qual sistema investir? Experimente! Faça cursos, acompanhe colegas, professores. Analise os materiais em ação. Pense nos casos que costuma atender, selecione o que seria indispensável e escolha alguns materiais para os momentos imprevistos.

Você vai ver que sua gaveta pode ter um volume bem menor do que imagina, e ao mesmo tempo, haverá bem mais eficiência, porque entenderá o que está utilizando!

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Andrea

Facetas

O que justifica a cobertura do dente por um material restaurador?

Ou... O que não justifica?

A faceta é um tipo de restauração que pode ser realizada com diferentes materiais (Sistemas cerâmicos e resinas compostas).

Há quem as chame de lentes de contato, pois algumas (nem todas) podem ser finas e não necessitar de qualquer desgaste dos dentes para sua colocação. O texto acima foi sublinhado porque é muito importante que esteja claro que, em determinados casos, será realizado algum preparo no dente ou que a faceta não poderá ser tão fina assim... Logo, nem toda faceta pode ser chamada de lente de contato! Vamos ver alguns exemplos?

  • Dentes muito escurecidos

  • Restaurações antigas em várias áreas dos dentes

  • Dentes com mal posicionamento no arco

Outra questão importante a ser analisada é que a faceta será colada na superfície do dente por um procedimento adesivo. Apesar de existirem novas tecnologias capazer de realizar sua remoção sem mais desgastes da estrutura dentária, ainda assim, retirar uma faceta não é nada simples... Por essa razão, a decisão por facetar ou não um dente tem que ser tomada por base em critérios como idade, existência de outros tratamentos mais conservadores como clareamento e ortodontia, equilíbrio de expectativas, entre outros.

Ainda está na dúvida? Ferramentas de planejamento e diagnóstivo podem ajudar na tomada de decisão! Desenhos digitais do sorriso, enceramentos e transferências (mock-up) são algumas opções para ajudar a prever o resultado final e são muito necessárias em tratamentos estéticos. Vou falar um pouco mais sobre elas em outro post.

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Andrea

Diastemas

Pequenos espaços entre dentes.

Há quem não se incomode com eles. Há também aqueles que contam minutos para fechá-los.

A odontologia oferece algumas opções de tratamento para fechamento destes espaços. Em determinadas situações, a movimentação dos dentes por meio da Ortodontia parece ser a melhor escolha. Em outros casos, materiais restauradores, como a resina composta, podem oferecer uma solução estética rápida e conservadora. E finalmente, há casos em que será necessário alinhar o movimento dos dentes com acréscimos restauradores. Apenas a análise individual de cada situação clínica irá definir o que é melhor.

E o que deve ser visto nesta análise?

Entre vários fatores, listo alguns que acho fundamentais:

1) Presença de equilíbrio (ou desequilíbrio oclusal)

Saúde, Função e Estética devem caminhar juntas em qualquer escolha de tratamento. Maloclusões são razão frequente para fratura de restaurações. Quer uma resolução de longa duração? Lembre da função oclusal.

2) O tamanho do diastema

Quando os diastemas estão localizados entre os incisivos centrais superiores, é importante analizar se o fechamento deixará a largura da coroa fora da proporção natural, que é de 75-85% da sua altura.

3) A inserção de freios no local dos diastemas

Freios são parte do tecido mole da boca, responsáveis pela limitação de alguns movimentos. Em certos casos, é a inserção destas estruturas entre os dentes que promove o seu afastamento. Nestas situações, sua remoção parece ser fundamental para que os espaços não venham a reabrir após o fechamento.

4) A saúde dos tecidos periodontais

A gengiva sangra ou o fio dental desfia numa área de fechamento de diastemas? Então desconfie da presença de excessos restauradores ou da invasão de distâncias biológicas. Acompanhar e reavaliar decisões é parte de um tratamento odontológico ético e responsável.


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Andrea